Indústria caxiense começa a se recuperar

08.11.2017
Mercado
Setor industrial, que inclui o metalmecânico, está no melhor momento dos últimos três anos, segundo dados do Simecs
 
 
Ainda não dá para comemorar, mas é possível respirar mais aliviado. Os números revelados ontem pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) apontam para um cenário com um leve tom de azul. Assim como os demais setores da economia caxiense, o metalmecânico também começa a se recuperar. A produção industrial fechou o período de janeiro a setembro com alta de 4,11%.  A projeção de faturamento para este ano é de R$ 11,74 bilhões. Alta de 4,54% em relação a 2016. 
 
 
— É o melhor momento dos últimos três anos. O ideal seria ficar na faixa entre R$ 15 e  R$ 18 bilhões — ressalta o presidente do Simecs, Reomar Slaviero.
 
No acumulado dos 12 meses, o resultado das receitas ainda é negativo, com queda de 3,04%.  Os segmentos automotivo e eletroeletrônico ainda apresentam resultados negativos, de -5,72% e -5,18%, respectivamente.  Segundo Slaviero, a queda nas receitas se deu de forma acentuada no mercado externo, com recuo de 17,71% nas exportações em 2017. As vendas domésticas, dentro e fora do Estado, cresceram respectivamente em 14,05% e 9,04% no acumulado até setembro.
Sobre a crise que atingiu em cheio a principal matriz econômica de Caxias, Slaviero diz que serviu de alerta para a economia caxiense se reinventar e diversificar. 
 
Empregos
Caxias não voltará a ter os índices de emprego registrados em 2012, quando tinha 180 mil trabalhadores com carteira assinada. A indústria e a construção civil somavam quase 92 mil vagas. Em 2012, o setor industrial contabilizava 55 mil postos de trabalho. Atualmente, são 33,6 mil. A cidade perdeu 20,7 mil vagas no período, somente neste segmento. 
Embora tenha se observado uma ligeira melhora em 2017, ainda está longe de atingir o patamar ideal. A abertura de novas empresas é o caminho apontado por Slaviero para recuperar parte do montante. 
— As atuais empresas não vão contratar índices expressivos, pois com a crise descobriram que é possível fazer mais com menos. a expectativa é de que novos empreendimentos consigam absorver parte deste contingente de desempregados — destaca.
 
Desempenho
 
 
Faturamento por setor
 
 
Reportagem Original: Ivanete Marzzaro – Pioneiro Economia
Pioneiro Economia