Automação precisa fazer parte do planejamento das indústrias

20.01.2020
Mercado

 

Há tempos, a indústria brasileira vem buscando alternativas para ser tonar mais competitiva. Com o advento das novas tecnologias, aliadas às exigências do mercado global, é praticamente impossível relacionar o desenvolvimento industrial sem envolver a automação dos processos industriais.

Segundo a CNI – Confederação Nacional das Indústrias, de 2016 a 2018, o percentual das grandes empresas que usam pelo menos uma das tecnologias de automação industrial passou de 63% para 73%. Isso mostra que houve um aumento no investimento na  Indústris 4.0. Já em termos globais, um relatório  da Oxford Economics aponta que o uso de robôs em todo o mundo aumentou três vezes nas últimas duas décadas, somando 2,25 milhões, e até 2030, os robôs serão peças-chave na produção e se tornarão 8,5% da força de manufatura global. Com isso, 20 milhões de máquinas estarão em uso e, somente a China, terá cerca de 14 milhões de robôs.

A busca pela automação sempre vem movida pelos mesmos requisitos, que são: aumento da produtividade, qualidade e consistência da produção, tecnologia do processo e, inevitavelmente, a redução de custos. No caso da redução de custos, ela tem como ser facilmente comprovada se a empresa fizer um bom cálculo de payback, que deve considerar desde a redução do quadro funcional, custos operacionais do dia-a-dia como, por exemplo, energia elétrica e insumos, a ausência de retrabalho e a desejada produtividade aumentada. Vale salientar que o retorno de investimento em automação industrial é de médio a longo prazo, e é duradouro.

A automação representa muito mais do que tecnologia, ou uma tendência mundial que deve ser adotada. Modernizar o parque fabril traz ganhos que vão além de cifras. Uma equipe operando com segurança e bem-estar é um dos fatores que tem aparecido como pré-requisito para a busca por melhorias. Os processos mudaram e os colaboradores também buscam se qualificar para operar com atividades mais alinhadas à essa reinvenção. Há alguns tipos de mão-de-obra que não serão mais encontradas, especialmente as insalubres e fadigantes, e neste caso, trabalhar um sistema intuitivo e moderno é o que deseja o novo perfil de colaborador da indústria.

Automatizar processos traz, antes de tudo, uma mudança de cultura, onde as melhorias vão muito além do que os benefícios operacionais. Empresas que queiram se encaixar nos novos padrões de produtividade devem incluir em seus planejamentos as implementações tecnológicas. No caso do Brasil, essa disrupção é para ontem, uma vez que o país já apresenta atraso.

O texto foi escrito por Patrícia Zucco, que é Gerente de Mercado do Grupo Aumaq RS.

O Grupo Aumaq RS é uma empresa que desenvolve e fabrica máquinas especiais e linhas de montagem, dedicadas para os processos de automação industrial.